Entender a dor é um conhecimento privilegiado.
Alguns podem até passar pela dor, mas sem aceitá-la. Para estes, a dor é apenas uma visita incômoda e que deve passar logo. Alguém que nunca se ouve, apenas se repele. Uns repelem pelo pensamento, porque a temem tão severamente que não têm coragem de sequer mover um dedo em sua presença. Outros, brigam com fervor até que ela vá embora, ou até que sejam vencidos pelo cansaço.
Afinal, a dor é persistente e tem seu próprio tempo.
Já, por outro lado, chega um momento em que a dor, nas suas diversas formas, exige atenção. E aí você passa a perceber como é mal-educado ter um hóspede e não o convidar para um café. A dor quer ser ouvida. Quer ter um tempo de dedicação só para ela. Ela vai te abraçar, quer queira ou não. Então por que não a abraçar de volta? É mais fácil, e mais simples, dizer sim àquilo que já é inevitável, e poupar a energia da briga.
E no final das contas, a dor tem sempre uma ótima conversa para oferecer e ótimas lições para dar.
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